terça-feira, 31 de março de 2009

COMPREENDER O DOGMA DA MATERNIDADE DIVINA DE MARIA


Há atualmente diversas correntes na Igreja que exigem de nós reflexões mais amplas dos dogmas marianos, em particular aqui o da maternidade de Deus. Isso se justifica pelas idéias muitas vezes distorcidas que são elaboradas em algumas delas a partir desse dogma. É necessário deixar claro que ele se refere, tem como fundamento e se justificativa na pessoa de Jesus. É conseqüência indispensável para se afirmar a unidade da pessoa do Filho com o Pai. Daí se afirma que Maria é “mãe do Deus-Filho”. Naturalmente afirmar a divindade da pessoa de Jesus, exige afirmar que Maria é “Teotokos”. Entendido isso de maneira clara evita-se compreensões errôneas sobre Maria, que em muitos casos, chega a ser considerada como uma espécie de divindade, com atributos semelhantes aos de Deus. Temos isso bem visível em muitos movimentos ou grupos católicos que difundem devoções marianas sem qualquer fundamento bíblico ou teológico, partindo equivocadamente desse dogma, como se ele fizesse dela uma pessoa divina. Reconhecer Maria como mediadora de graças, intercessora, etc, só terá sentido se o fizermos a partir de Jesus Cristo e reconhecendo que nela há a ação gratuita do Deus que quis revelar-se a si mesmo fazendo-se homem como nós, “nascido de uma mulher”. Portanto, a graça está aí e Maria é a agraciada por excelência, pois deu o seu sim ao projeto de Deus e sujeitou-se à ação do Espírito Santo sendo “mãe, educadora e discípula” do Filho de Deus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário